terça-feira, 11 de setembro de 2018

Capítulo 4


Capítulo 4 – O Senhor ensinou a mulher junto ao poço três coisas significativas que marcariam a mudança da velha ordem de adoração na velha dispensação para a nova ordem de adoração no Cristianismo. Isso resultaria de crentes terem a “água viva” do Espírito de Deus habitando neles (a “fonte”) como o poder para a nova adoração (vs. 10, 14). Uma fonte de água (um gêiser) tem nela energia e é uma figura do poder do Espírito no crente.
Primeiro, haveria um novo lugar de adoração que não era nem “neste monte” (Gerizim), nem em “Jerusalém”. Hebreus 8:1-2, 9:11, 23-24 e 10:19-22 indicam que o novo lugar de adoração é no santuário celestial, na presença imediata de Deus. Portanto, haveria a cessação de um centro geográfico terreno de adoração, como havia no judaísmo.
Segundo, haveria uma nova revelação em conexão com a Pessoa adorada. No judaísmo, Deus era conhecido como Jeová e Israel O adorava como tal, mas agora no Cristianismo Ele é adorado como “o Pai” de nosso Senhor Jesus Cristo. Esse é um relacionamento mais próximo e mais íntimo com Deus.
Terceiro, haveria um novo caráter de adoração. A adoração no judaísmo era de uma ordem terrenal e foi auxiliada por instrumentos mecânicos de música e realizada por meio de um sistema de rituais e cerimônias. Mas a nova ordem de adoração no Cristianismo seria algo puramente espiritual. Crentes adorariam o Pai “em espírito” (espiritualmente – cap. 6:63) e de acordo com a nova revelação de “verdade” que acompanharia a nova dispensação. No Cristianismo, oferecemos “sacrifícios espirituais”, auxiliados pela presença interior do Espírito Santo (1 Pe 2:5; Fp 3:3) em contraste com as “ordenanças carnais” na ordem judaica (Hb 9:10). Isso é feito na imediata presença de Deus (Hb 10:19), que é um privilégio que Israel não tinha. Uma vez que os Cristãos adoram “em espírito e em verdade”, eles podem se sentar quietos em suas cadeiras e produzir em suas almas e espíritos verdadeira adoração a Deus o Pai pelo Espírito Santo, sem necessidade daquelas formas externas que marcam a religião terrena. Essa é a verdadeira adoração celestial.
A adoração judaica da velha dispensação apela aos sentidos humanos porque é uma aproximação a Deus por meios terrenos e sensoriais. Essa adoração é estimulada por:

  • Visão – a grandeza do templo (1 Rs 10:4-5; Mc 13:1; Lc 21:5).
  • Odor – a queima de incenso que produzia uma atmosfera envolvente (Êx 30:34-38).
  • Paladar – o comer dos sacrifícios (Dt 14:26).
  • Audição – bela música produzida pela orquestra e acompanhamento de coral (1 Cr 25:1, 3, 6-7).
  • Tato – o participar nas ofertas fisicamente, dançando e levantando as mãos (2 Sm 6:13-14; 1 Rs 8:22).


É significativo que não encontramos em nenhum lugar no livro de Atos, ou em qualquer das epístolas, Cristãos adorando o Senhor usando rituais ou instrumentos musicais. Na Escritura, os únicos dois instrumentos que os Cristãos são achados usando em adoração são seus “corações” (Cl 3:16; Ef 5:19) e seus “lábios” (Hb 13:15).

Um comentário:

  1. Quero primeiro agradecer a DEUS por tudo e que me proporcionou essa oportunidade; segundo quero agradecer aos irmãos que com coração de amor ao Senhor, se empenharam no trabalho ao Senhor e na tarefa desta tradução. Quero comentar que a Luz da palavra de Deus brilha mais e mais, estou sendo edificado com essa revelação da sã doutrina, muitos erros e misturas confusas estão saindo da minha mente e coração, tenho Orado para que Deus limpe o meu coração de todo erro e mistura e enganos que nos fazem desviar da palavra de Deus.

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