terça-feira, 11 de setembro de 2018

Capítulo 5


Capítulo 5 – Bênção na nova dispensação não seria sob o princípio das obras para merecer o favor de Deus (como era o caso sob a Lei), mas no princípio da livre graça (Rm 4:4-5). Isso é ilustrado na diferença entre a maneira pela qual a bênção era acessível àqueles no tanque de “Betesda” e a maneira como a bênção veio ao “homem que ...estava enfermo” que foi curado pelo Senhor.
A cena no tanque é uma figura do sistema legal na velha dispensação (vs. 1-4). O tanque tinha “cinco alpendres” que figurativamente falam dos cinco livros de Moisés. Em certo tempo, um anjo descia e agitava a água e a pessoa que passasse pelas cinco varandas e entrasse primeiro no tanque, obtinha a bênção. As bênçãos estavam lá, mas estavam condicionadas ao ter de fazer algo para consegui-las. Ilustra o sistema baseado em obras da Lei, que dizia a todos que o procuravam para bênção: “faze isso, e viverás” (Lc 10:28). Uma pessoa tinha de guardar algo como 613 preceitos dos cinco livros de Moisés e, se os cumprisse, obteria a bênção.
Em contraste a isso, com a vinda do Filho de Deus (Sua primeira vinda), as bênçãos da graça seriam concedidas a todos que recebessem Sua Palavra, sem as obras da Lei (Rm 4:4-5, 11:6; Ef 2:9; Tt 3:5). Isso é ilustrado no homem incapacitado sendo abençoado sem ter que subir pelas cinco varandas e entrar no tanque (vs. 5-16). Por muitos anos esse homem tinha se esforçado para obter a bênção vinda do tanque e não podia consegui-la; com a vinda do Filho de Deus ele não precisava do tanque! Isso aponta para o fato de que na nova dispensação haveria uma cessação da observância da Lei. “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10:4).
É significativo que esse milagre foi feito no Sábado, o que os Fariseus consideraram uma violação daquele dia. Isso sugere que a graça não pode ser confinada ao sistema legal e que o Sábado não iria mais ser observado na dispensação da Graça. Cristo “até do sábado é Senhor” (Mt 12:8) e, portanto, maior que o Sábado. Ele tinha o poder para trabalhar pela bênção do homem naquele dia como fazia em todos os dias.

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