Capítulo 6
– João registra um incidente que ocorreu no mar “de Tiberíades” (vs. 1, 23). Em outros evangelhos, esse mar é
chamado “o mar da Galileia” ou “o lago de Genesaré,” mas quando os
Romanos tomaram a terra dos judeus, mudaram os nomes de muitos lugares como
sinal de domínio e propriedade. Por João o ter chamado de o mar de Tiberíades,
ele estava reconhecendo o que Deus tinha feito em colocar Israel de lado – portanto,
nesse fato aparentemente insignificante temos outro indicador da transição da
velha dispensação.
O assunto neste
capítulo é comida e a satisfação das almas famintas. Há o comer a Páscoa (v.
4), comer os cinco pães e dois peixes (vs. 5-14), comer o Maná (vs. 22-50) e
comer da carne e beber do sangue de Cristo, o Filho do Homem (vs. 51-58). O
primeiro é um tipo que foi cumprido na morte de Cristo (1 Co 5:7). O segundo é
um tipo de uma das muitas coisas que o Senhor faria para o mundo no Milênio; a saber,
abolir a fome (Sl 132:15, 146:7, etc.). O terceiro (o Maná) é um tipo que foi
cumprido na descida do Senhor dos céus como o “o Pão vivo” (v. 51). Nessas coisas, vemos Cristo como o
cumprimento dos tipos e profecias do Velho Testamento. Eles nos ensinam que
quando a velha dispensação passasse e a nova dispensação chegasse, as
Escrituras do Velho Testamento não seriam eliminadas; elas são a Palavra de
Deus e devem ser mantidas como tal. Entretanto, aprendemos a maneira em que o
Espírito de Deus lida com esses tipos do Velho Testamento de modo que não são
mais para serem aplicados num sentido literal – em sacrifícios, cerimônias,
rituais, etc. – mas pela importância moral e ensino típico (Rm 15:4; 1 Co
10:11). Essa é outra mudança que viria como resultado de a velha dispensação
ser colocada de lado.
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